Fernando Gomes profissionaliza Liga

«O Sporting votou a favor porque entendemos que para se fazer uma boa gestão da Liga com todos os compromissos que isso envolve, exige uma dedicação de exclusividade e obviamente se o presidente da Liga não for propriamente um magnata tem que haver uma remuneração para poder dedicar-se em exclusividade à sua função»

Esta declaração pertence a Rogério de Brito, proferida hoje, à saída da Assembleia Geral da LPFP. A Assembleia havia sido convocada, com o propósito de se alterarem os estatutos que regem os campeonatos nacionais. No entanto, o anuncio por parte de Fernando Gomes, da profissionalização da estrutura de gestão da Liga, acabou por ser o centro da atenções.

O Presidente da Liga, bem como a comissão executiva, passarem a ser remunerados, parece-me bem. Da mesma forma que me parece bem, o Sporting apoiar tal decisão, e à posterior, não ter problemas em assumi-lo e explica-lo.

Assim, a partir de agora, a comissão executiva composta por:

Fernando Gomes, Presidente. Andreia Couto, Directora Executiva. António Carlos Dias, Carlos Filipe de Sá Lucas e Olinto Henrique da Cruz Ravara; será remunerada.

Pouco importa, se o Dr. Olinto Ravara, Economista, militante do PSD de Aveiro e membro do parlamento em dois mandatos (de 91 a 95 e de 95 a 99) precisa efectivamente deste vencimento. Nem importa saber, se Carlos Filipe de Sá Lucas, docente no Instituto Superior da Maia em 2001, estabelecimento onde leccionava umas cansativas 3 horas... por semana, vai usar da mesma dedicação de então.

Importa, é que ao receberem, se assumam efectivamente como profissionais.  Que sejam mais céleres na resolução dos processos. E quando aqui falo em celeridade, não me refiro ao tipo de celeridade com que Andreia Couto, irmã de Fernando Couto, por exemplo, facultou ao FC Porto a declaração que corroborou a inexistência de uma sentença em julgado nos casos do Apito Dourado. O que consubstanciou as teses portistas e lhes permitiu esquivar ao afastamento da Liga dos Campeões... como o UEFA pretendia. Uma celeridade interesseira. Falo no tipo de celeridade que a todos, grandes, pequenos, da primeira ou da segunda se deve. Daquela celeridade, homogenea, e de preferencia, que venha acompanhada de isenção... coisa, que como temos assitido, não abunda.

Se assim for, o pagamento de uma remuneração será devido. Mas se for para continuar tudo na mesma, deixe-se como está... até porque, uns já estão habituados a perder sempre da mesma maneira, e os outros, já estão habituados a receber sempre da mesma forma.


PS: A receber, que tipo de fruta recebe Andreia Couto?